Juiz da 7ª Vara Criminal do Brasil nega pedidos de investigação da PF e do MPDFT contra BH, um dia antes da operação
6 de novembro
2024
– às 10:48
(atualizado às 10h53)
Um dia antes do início da operação contra Bruno Henrique, do Flamengo, a Polícia Federal e o Ministério Público do DF e Territórios apresentaram dois pedidos à Justiça sobre o caso. No entanto, esses pedidos não foram deferidos pelo juiz Fernando Brandini Barbagalo, da 7ª Vara Criminal do Brasil, que considerou as medidas constrangedoras.
Inicialmente, as autoridades queriam a emissão de um mandado de busca e apreensão junto com um mandado de busca para Bruno Henrique em vias públicas. Ao mesmo tempo, a PF e o MPDFT solicitaram autorização para recolher todos os quartos de hotel onde o atacante do Flamengo pudesse estar.
“O representado atua como jogador de futebol famoso, atleta de clube nacional e disputa títulos de campeonatos nacionais. Esta medida, se admitida no procedimento proposto, poderá afetar outros atletas que convivam no mesmo quarto do acusado. todos os demais integrantes da comitiva, além da possibilidade de transtorno no hotel, caso haja torcedores no local ou nas proximidades”, disse o juiz em sua rebatida.
Pesquisar em vias públicas
Ainda segundo o Metrópoles, o juiz Barbagalo também negou o pedido de busca e apreensão em vias públicas por ineficácia. Agentes abordaram Bruno Henrique na manhã da última terça-feira (05) em sua residência na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro.
“O pedido de mandado de busca e apreensão de bens pessoais em via pública também deverá ser negado. Além de o representante ser exposto de forma injustificada, como dito anteriormente, isso já pode acontecer no decorrer da investigação. a busca na casa é permitida”, concluiu.
Os agentes também investigaram busca e apreensão no CT Ninho do Urubu, em Wargem Grande, Rio Bruno Henrique, mas nada foi apreendido.
O caso de Bruno Henrique
O atacante do Flamengo dificilmente receberá cartão na derrota para o Santos, no dia 1º de novembro de 2023, a favor das casas de apostas. PF e MPDFT alegam relação entre Bruno Henrique e correntistas do site de apostas.
Um documento elaborado por duas empresas estrangeiras que prestam serviços à CBF identificou uma “tendência preocupante do ponto de vista da integridade” no número de apostas. A análise confirma o relatório da IBIA (International Betting Integrity Association) e também está à disposição da PF.
O valor de apostar para Bruno Henrique conseguir cartão, principalmente na partida contra o Santos, pelo Brasil, é diferente. O menor, R$ 1.500,00, faturou R$ 4.550,00, o que representa um lucro de R$ 3.050,00. O maior rendimento ficou em torno de R$ 6.100,00.
Bruno Henrique diz que é inocente das acusações de manipulação de resultados e continuará sua rotina no Flamengo. Aliás, o atleta do time rubro-negro está em Belo Horizonte para jogar contra o Cruzeiro, nesta quarta-feira (06), pelo Brasileirão.
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