Motores: um fator importante no México e Interlagos na F1

É o fim da temporada e todas as equipes estão numa situação difícil no que diz respeito à gestão do motor. F1 2024 também pode ser visto aqui…




Fábrica Mercedes. O gerenciamento do motor é importante agora

Fábrica Mercedes. O gerenciamento do motor é importante agora

Foto: Mercedes AMG F1

Como todos os analistas querem reforçar, o GP da Cidade do México tem a altura como um dos fatores que acabará por determinar o desempenho. Este espaço foi discutido com diversos aspectos que impactam, e um deles será importante não só esta semana, mas também nas demais: a gestão do motor.

Os regulamentos esportivos da F1 restringem o uso de peças da unidade de potência. Uma equipe poderá utilizar 4 kits sem penalidade para 24 provas, detalhados a seguir: 4 (quatro) unidades ICE; 4 (quatro) turboalimentadores (TS); 4 (quatro) unidades geradoras de energia térmica e cinética (MGU-X e MGU-K); 2 (duas) baterias (ES), 2 (duas) unidades de controle eletrônico (CE) e 8 (oito) escapamentos (EX).

A primeira alteração do número estabelecido pelo regulamento implica penalidade de 10 (dez) posições no grid de largada da prova principal. Outras alterações resultarão em penalidade de 5 (cinco) posições no grid.

Durante toda a temporada, os coletivos em conjunto com os produtores administram as unidades. Normalmente, as unidades mais utilizadas são utilizadas nos treinos livres de sexta-feira, deixando as unidades mais novas para treinos e corridas. Além disso, os fabricantes levam os motores até suas bases para inspeção e, na maioria dos casos, os devolvem para uso.

Dentro dos limites, o teste é essencial. Durante o uso, que é muito intenso, o desempenho diminui com o tempo, graças ao aumento da folga nas peças e ao estresse do material (é aí que entram as baterias). Estima-se que a diferença de potência entre a unidade nova e a mais utilizada pode chegar a 50 cavalos em apenas uma unidade de compressão (ICE). Calculando uma média de 850 cavalos de potência, chega a quase 10%. Isso é muito.

Considerando essa situação, os motores deverão ser os melhores no México, onde se chega a uma altitude de 2.200 metros acima do nível do mar, e em São Paulo, onde a altitude chega a 700 metros, o que também afeta o desempenho. Como já dissemos várias vezes: quanto mais alto, mais esforço o motor tem que fazer para produzir potência, porque menos oxigênio está disponível para queimar combustível e resfriar…

O grid antes do início do fim de semana do GP do México mostra como o grid está em uma situação muito complicada (foto abaixo). E o sinal de alerta no caso de Max Verstappen disparou na sexta-feira, depois de muitas reclamações sobre o problema. No caso específico da Holanda, dependendo da necessidade da mudança, ela terá impacto direto na rede. E neste momento de grande luta entre pilotos e projetistas, a escolha deve ser muito bem pensada. É aí que entram os McLarens que estão no seu limite e qualquer mudança os levaria a 10 (dez) posições no grid.



Tabela de peças unitárias para um piloto antes do GP da Cidade do México

Tabela de peças unitárias para um piloto antes do GP da Cidade do México

Foto: FIA

A decisão da Mercedes em Interlagos em 2021 por Lewis Hamilton imediatamente vem à mente. Nesse momento, foi instalado um novo motor para o britânico e o benefício foi enorme, levando ao excelente desempenho de Hamilton, mesmo considerando a corrida Sprint. Mesmo com mais três corridas pela frente, as equipes mantêm isso em mente.

Porém, quem muda no México tem a oportunidade de correr “normalmente” à frente e aproveitar… para ver se temos alguém fazendo esse movimento para a corrida. E principalmente em Interlagos.

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