F1: Corrida completa no GP do México devido ao ar rarefeito

Todos os anos, as equipes saem para lutar contra o ar rarefeito do México. Em uma corrida acirrada como 2024, enfrentar isso faz toda a diferença




Se a luta do ano não bastar, o México pode aproximar as coisas

Se a luta do ano não bastar, o México pode aproximar as coisas

Foto de : Pirelli Motorsport

O final da temporada se aproxima e cada detalhe fará a diferença na determinação não só do campeonato de pilotos, mas também do campeonato de construtores. GP México tem características que tornam a equação mais difícil para todos…

Normalmente, cada projeto é um conjunto de tarefas. O objetivo é fazer com que o carro se comporte bem em qualquer tipo de estrada. Contudo, por mais que procuremos este ponto ótimo, sempre haverá algumas condições nas quais o conjunto difere.

O GP do México será um grande desafio para as equipes. Embora tenhamos trilhas acima do nível do mar durante toda a temporada (incluindo Interlagos), a Cidade do México está a 2.250 metros acima do nível do mar. Vai ser um pesadelo mecânico e aerodinâmico…

Do lado mecânico, os motores sofrem. Quanto mais alto, menos oxigênio existe no ar (menos moléculas). Como resultado, você tem que usar mais combustível para obter a mesma potência do que ao nível do mar, porque a mistura ar-combustível tem que ser mais rica (mais combustível).

Mesmo com essa configuração, estima-se que os motores percam cerca de 25% de sua potência na Cidade do México. Portanto, as equipes terão que rodar um pouco mais de combustível do que o habitual, além de fazer ajustes no mapeamento eletrônico da parte elétrica para compensar parte da potência perdida.

Outro ponto aqui é o tamanho do turbo. Aí vem a diferença de filosofia: a Mercedes usa uma turbina maior, o que resulta em um pouco mais de ar para o motor. Neste caso, no México, este é o problema. Embora a Honda tenha optado recentemente por uma turbina um pouco menor, os componentes internos foram desenvolvidos com a ajuda da divisão aérea da empresa. Quanto menor o volume, menos ar é necessário. Foi aqui que a Honda teve um desempenho impressionante no GP do México.

Outro ponto afetado pelo ar rarefeito é a geladeira. É comum ver carros com grande número de buracos na carroceria. Aí vem novamente a questão do menor número de moléculas… neste caso, os radiadores também são trocados para terem maior capacidade térmica. Em projetos cuidadosamente pensados ​​para eficiência aerodinâmica, aberturas maiores e maiores significam perda de eficiência. Algumas que com a circulação de ar quente mais…



Detalhes da abertura de refrigeração da Ferrari no GP da Cidade do México

Detalhes da abertura de refrigeração da Ferrari no GP da Cidade do México

Foto: Albert Fábrega /

Aqui o efeito da aerodinâmica se junta. Além de ter que lidar com essas correntes “inesperadas”, o ar rarefeito provoca uma redução no arrasto aerodinâmico dos veículos. Para carros com mais resistência ao ar, este é um bom ponto. Não é novidade que as equipes levarão para a Cidade do México praticamente os mesmos aerofólios que levarão para Mônaco, onde toda a força aerodinâmica é necessária. Neste período, é necessário ter um fundo mais eficaz do que nunca e medidas para o travar são necessárias para um bom trabalho.

Por causa desses pontos e do fato dos carros estarem próximos, veremos um GP da Cidade do México muito interessante. Nas edições anteriores, a Red Bull nadava enquanto a Mercedes sofria muito. É por causa das escolhas de design que o Taurus se concentra na eficiência aerodinâmica e o Mercedes confia na mecânica. Veja como a McLaren e a Ferrari lidam com esses fatores este ano. Vamos ficar conectados.

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