Um dos maiores nomes do esporte brasileiro, Magilea morreu quinta-feira aos 24 anos, aos 66 anos. O ex-atleta lutava contra uma encefalopatia traumática crônica, também conhecida como demência pugilística, diagnosticada em 2013.
Ele tem 1,87 metros de altura, é boxeador fez história entre os pesos pesados e se tornou o maior nome brasileiro da categoria. Mas toda essa história começou na cidade de Aracaju, em 1958, quando nasceu José Adilson Rodríguez dos Santos, que será posteriormente. Maguila.
De origem humilde, o sergipano tinha 19 irmãos. Mas alguns morreram na infância. Ainda jovem, aos 14 anos, mudou-se para São Paulo e trabalhou na construção civil. Durante este período, as dificuldades continuaram com Maguila. Como disse em suas entrevistas, o boxeador dormiu em um caminhão abandonado e durante vários meses só comeu pão e banana.
Com o tempo, devido ao seu porte físico, passou a trabalhar também como segurança nas casas de show de São Paulo. Nesta época, recebeu o apelido de Magilla após ser comparado ao herói Magilla Gorilla, que o acompanharia pelo resto da vida.
A vida dentro do ringue
Ele inspirou Maomé AliComeçou a treinar boxe e depois de alguns anos fez sua estreia profissional. EM O primeiro título de Magilea Em 1983, venceu Valdemar Paulino por nocaute no Ginácio do Ibirapuera.
Ainda invicto, cconquistou o título da América do Sul com uma vitória sobre o argentino Juan Antonio Figueroa. Assim como o cinturão nacional, a vitória foi mais uma vez marcada por um nocaute em pleno ginásio do Ibirapuera.
Derrota no mesmo ano e recuperação
O primeiro problema de Magilea no ringue aconteceu em 1985. Boxeador lendário em sua 15ª luta profissional Walter nocauteou Daniel Falcon, da Argentinadisputou o ginásio do Parque San Jorge e encarou a primeira derrota.
No mesmo ano também perdeu para o holandês Andre van den Oetelaarem Sorocaba (SP). Mas Magilea não deixou barato e vingou a derrota derrotando dois algozes do ano seguinte.
Vitórias sucessivas e batalhas históricas
Em 1986, ele também se tornou campeão continental do Conselho Mundial de Boxe (WBC). Uma nova era de vitórias, incluindo A resultado positivo contra o lendário James ‘Quebra-Ossos’ Smith Credenciou o nascimento sergipano de um dos maiores desafios que um boxeador já enfrentou: entrar no ringue contra Evander Holyfield.
No Caesars Tahoe, nos Estados Unidos, em 1989, Magila chegou a dominar o norte-americano no primeiro turno. Mas após a primeira pressão com nocaute na segunda, a derrota foi anunciada.
Desesperado, o brasileiro se recuperou com vitória sobre o desclassificado argentino Walter Armando Masseroni e garantiu mais um confronto histórico. De volta aos Estados Unidos, em 1990, Magilea pesou forças contra ela George Forman. A derrota, mais uma vez, veio por nocaute no segundo round.
Campeão mundial
Depois das principais lutas da carreira, Magilela misturou altos e baixos e ainda conquistou o título mundial da Federação Mundial de Boxe (WBF) ao derrotar o britânico Johnny Nelson, em 1995, em Osasco, SP.
No entanto, este órgão não faz parte dos quatro grandes esportes: WBA (Associação Mundial de Boxe), WBC (Conselho Mundial de Boxe), WBO (Organização Mundial de Boxe) e IBF (Federação Internacional de Boxe).
UM A saída oficial dos ringues ocorreu em 2000com derrota para o compatriota Daniel Frank, em São Paulo. Durante sua carreira, o lendário boxeador somou 85 lutas, 77 vitórias (61 por nocaute), 7 derrotas e um empate.
A vida fora do ringue
Magila se aposentou e viajou para outras áreas e participou da programação regular do programa.Mostrar Tom‘, da Record TV, e como comentarista econômico da produção “aqui agora”Faça o SBT.
Além do trabalho na televisão, o ex-boxeador lançou um disco de samba.A vida de um campeão‘, em 2009. Ele também tentou a sorte na política, concorrendo ao parlamento federal pelo PTN em 2010, mas não teve sucesso.
Junto com a esposa, fundou em 2003 o projeto social Amanhã Melhor, que oferece aulas de esportes para crianças carentes.
No mesmo ano da sua candidatura política, Magilea foi erroneamente diagnosticado com doença de Alzheimer. Após internação e reexame, ele foi diagnosticado com CTE, doença neurodegenerativa que causa declínio cognitivo, alterações comportamentais e problemas de memória.