Botafogoens resgata o Brasil para uma vitória difícil no Chile e dá vida a Dorival

Brasil repete futebol ruim em Santiago, mas finalmente consegue se recuperar graças a Igor Jesus e Luiz Henrique

10 fora
2024
– 23:07

(atualizado às 23h23)




Igor Jesus marcou o primeiro gol contra o Brasil

Foto: Estadão Conteúdo/FELIPE ZANCA

Dois Botafógenos salvo Brasil Ele ficou envergonhado novamente e venceu Chile2 a 1 nesta quinta-feira. Igor Jesus d Luis Henrique na comemoração em Santiago, foi até o portão militar e marcou um gol apertado no momento crucial, quando a partida apontava para o empate. O resultado pode dar confiança e pressionar a seleção brasileira – e agora está aliviada – Dorival Júnior pule na mesa.

O desempenho mais uma vez não foi dos melhores, mas foram importantes os três pontos que levaram o Brasil ao quarto lugar na tabela do torneio com 13 pontos. Permaneceu um futebol ruim, com pouco repertório e sem soluções táticas. Porém, a determinação de Igor Jesus, no grande palco e a coragem de Luiz Henrique, salvaram a escolha pragmática.

Estrelas como Rodrigo, que foram decisivos no seu clube, o Real Madrid, ficaram de fora – pela sua responsabilidade e também pela carência táctica e técnica daquela equipa.

Em Santiago, a seleção brasileira foi previsível e ineficaz, repetindo as atuações abaixo da média sob o comando de Dorival e outros treinadores. A equipe às vezes ia rápido demais e pensava pouco. Foi apatia e por vezes frustração, talvez por necessidade de um resultado positivo que finalmente chegou, para alívio dos jogadores e da comissão técnica.

Contra o Chile, cliente histórico, o Brasil venceu, embora não seja soberano. A atual seleção do Chile é corajosa, mas muito limitada, pois só venceu uma vez nas eliminatórias e tem a segunda pior campanha do torneio com cinco pontos. Porém, ele manteve os brasileiros afastados por um tempo e até dominou o duelo.

Foi um início de jogo péssimo, pois perderam a bola logo no primeiro minuto, agravando o que já era um problema. O gol foi resultado de sucessivas falhas de marcação e de um claro descaso com jogadores como Danilo, que não sabe ao certo se é lateral ou lateral. O certo é que joga mal nas duas posições, mas é visto como líder por Dorival, que lhe entregou a braçadeira de capitão. Ele não viu Vargas atrás dele. O Chile, atacante reserva do Atlético Mineiro, cabeceou por cima de Ederson, mais uma falha.

A pressão dos chilenos continuou até os 15 minutos, quando o Brasil passou a controlar o jogo. Mas não era um domínio claro. O time de Dorival teve a bola, procurou espaço e circulou a área adversária, mas com o futebol burocrático não levou perigo. Assim, Savinho, um dos que mais tentou, driblou na ponta direita e passou na cabeça de Igor Jesus. O estreante mandou para a rede e comemorou com muita alegria. Foi a primeira vez em um século que um atleta do Botafogo marcou um gol contra a seleção.

Ninguém jogou tão mal quanto Lucas Paquetá. Investigado por envolvimento em esquema de apostas, o meio-campista recebeu cartão amarelo com um minuto de jogo. Depois disso, errou muitos passes e reclamou mais da corrida. Só foi removido no intervalo.

A presença de Gerson no lugar de Paquetá e de Bruno Guimarães no lugar de André acrescentou qualidade ao meio-campo brasileiro, mas outros jogadores como Rafinha e Rodrigo dificilmente apareceram. A “estratégia” muitas vezes era salvar Savinho e o extremo do Manchester City voltar atrás. Ele tentou, mas na maioria das vezes simplesmente não fez nenhum progresso.

Até que o melhor jogador do time foi afastado por Dorival e ele decidiu usar Luiz Henrique em campo. Sem Savinho ninguém conseguia sequer driblar e encontrar espaço. O meio-campista substituído passa devagar. Quando ele tentou acelerar, ele cometeu um erro. A posse era ótima, mas inofensiva.

Até que Luis Henrique decidiu assumir a responsabilidade e fazer o que ninguém mais faria: arriscar. Perto dos acréscimos, o meia-atacante limpou a linha e chutou no canto direito do goleiro para resgatar o Brasil e garantir uma vitória duradoura na capital chilena.

CHILE 1 X 2 BRASIL

  • CHILE: cortesia; Loyola, Kuscevic, Maripan e Galdames (Marcelo Morales); Echeverría, Diego Valdés e Pavés (Alarcón); Dario Osorio (O Muro), Dávila (Cepeda) e Vargas (Palácios). técnico: Ricardo Gareca.
  • BRASIL: Ederson; Danilo, Marquinos, Gabriel Magalhães e Abner (Gabriel Martinelli); André (Bruno Guimaras) e Lucas Paquetá (Gerson); Savinho (Luis Henrique), Rafinha, Rodrigo e Igor Jesus (Endric). técnico: Dorival Júnior.
  • OBJETIVOS: Vargas, aos 1º e Igor Jesus, aos 44 minutos do primeiro tempo. Luis Henrique, no segundo semestre de 43 anos.
  • ÁRBITRO: Dario Herrera (Argentina).
  • CARTÕES AMARELOS: Lucas Paquetá, Galdames, Danilo.
  • APOIO E RENDA: não divulgado.
  • LOCAL: Estádio Nacional de Santiago, não Chile.

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