Justiça determina congelamento de 28 milhões de rupias das contas do Corinthians por dívida com agente de Cássio

O valor refere-se à renovação do goleiro e lateral-direito Fagner no clube; Procurado, Corinthians ainda não se pronunciou sobre o caso

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2024
– 13:29

(atualizado às 13h34)




Cássio

Foto: Marcelo Zambrana/Agif/Estadão

Um tribunal de São Paulo ordenou o fechamento de aproximadamente 28 milhões de rublos (27.996.734,53 R$) das contas do Corinthians devido à dívida com RC Consultoria e Assessoria Esportiva Ltdaa empresa Carlos Leiterepresentante do goleiro Cássioatualmente no Cruzeiro e lateral-direito Fagner. A taxa aplica-se aos processos de renovação do atleta junto ao clube. A decisão foi proferida nesta quarta-feira, 8, pelo desembargador Fabio Rogério Boho Pellegrino, da 1ª Vara Cível (Tatuape-SP). A Reportagem entrou em contato com o Corinthians e atualizará a publicação caso haja resposta.

Esta iniciativa teve início em janeiro deste ano. A empresa havia recuperado R$ 10,3 milhões devidos em dezembro do ano passado por meio de execução extrajudicial. O tribunal determinou que a apreensão fosse efectuada através da “teimosinha”, ferramenta do sistema judicial de localização de activos (Sisbajud) que pesquisa fundos em contas devedoras durante 30 dias.

Porém, de acordo com os autos, a Caixa Econômica Federal pediu à Justiça a liberação de R8.984.680,41 de uma das contas do clube. A empresa afirma que foi repassado ao banco em caráter fiduciário, ou seja, como forma de garantia para o pagamento do empréstimo para construção da Arena em Itaquera.

Em acordo firmado em 6 de dezembro de 2023, o Corinthians, ainda sob a gestão de Duílio Monteiro Alves, assinou acordo com a RC Consultoria e Assessoria Esportiva Ltda, que quitará a dívida por meio da emissão de empréstimos com a Brax Produções e Publicidade LTDA, proprietária do outdoor direitos em jogos de clubes entre 2025 e 2029 no Brasil. O não pagamento dos fundos dentro do prazo especificado levou ao confisco dos fundos.

O Corinthians passa por uma grave crise financeira com dívidas de cerca de R$ 2,3 bilhões. Este ano, pela primeira vez sob a liderança do presidente Augusto Melo, o clube viveu mudanças na diretoria e desentendimentos com grupos de oposição nos bastidores, que acusaram a atual gestão de aumentar os custos para abrir caminho à reabilitação judicial e, posteriormente, a venda do futebol preto e branco através da Sociedade Futebol Anônimo (SAF).

O clube rejeita essa possibilidade e explora formas de aliviar a dívida. Entre os projetos em discussão interna está a possibilidade de criação de um fundo imobiliário de torcedores para ajudar no custeio da Neo Química Arena, que tem uma dívida total de R$ 1,5 bilhão com a Caixa.

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