O presidente da Mancha pediu exoneração do cargo de assessor do líder do PL na Câmara após a emboscada.

Jorge Luis Sampaio trabalhava no gabinete do vereador Issac Félix e recebeu ordem de afastamento no dia seguinte ao ataque aos moradores do Cruzeiro; o relatório dirigido aos deputados, mas não obteve resposta

1º de novembro
2024
– às 18h22

(atualizado às 18h22)

Jorge Luís Sampaioo presidente Ponto Alviverdefoi dispensado do cargo de consultor Isaque Félixo líder do Partido Liberal (PL), na Câmara de São Paulo, um dia após a emboscada organizada pelo Palmeiras na Máfia Azul, com uniforme do Cruzeiro, que matou uma pessoa e feriu outras 20. Informações publicadas pela primeira vez Folha e aprovado parar. O repórter pediu para entrar em contato com o parlamentar, mas não obteve resposta. O artigo será atualizado se houver alguma resposta.

Segundo a publicação oficial da Câmara, a demissão ocorreu a pedido do próprio Jorge Sampaio, no dia 29 de outubro, um dia após o ataque aos moradores do Cruzeiro. O presidente da Mancha é um dos membros da organização que a Justiça considera foragidos. Na quarta-feira, 30, foram expedidos seis mandados de prisão contra integrantes do grupo por suposto envolvimento na emboscada.

Na sexta-feira, 1º, agentes da Polícia Civil e do Departamento de Operações Estratégicas (DOP), além de procuradores da Força-Tarefa Especial sobre Crime Organizado (Gaeco), realizou buscas e apreensões em endereços da capital paulista ligados à Mancha Alviverde.. Também foram realizadas investigações em Taboão da Serra e São José dos Campos.

Os pedidos de prisão foram feitos após a identificação das identidades dos envolvidos por meio de imagens captadas pelo próprio Palmeiras e por câmeras da Guarda Civil de Mayriporã. A polícia cruzou as imagens com informações do banco de dados Drade, que coordena a investigação do caso. Depois que a Federação Paulista de Futebol (FPF) acatou a recomendação do Ministério Público de São Paulo (MP-SP) por meio da Força-Tarefa Especial contra o Crime Organizado (Geco), a Mancha Alviverde foi banida dos estádios paulistas.

emboscada

O ataque, que deixou um morto e 20 feridos, ocorreu neste domingo, 27, na Rodovia Fernão Diaz, em Mayriporã, região da capital, às 5h20, próximo ao quilômetro 65 da rodovia Fernão Diaz. Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP-SP), um inquérito policial coordenado pela Delegacia de Intolerância ao Esporte (Drade) identificou alguns suspeitos de envolvimento na emboscada.

Segundo a PRF, ônibus que transportavam torcedores de Palmeiras e Cruzeiro se aglomeraram no pedágio às 5h e se chocaram com fogos de artifício. José Victor Miranda, de 30 anos, morreu após sofrer queimaduras graves. Fez parte do grupo Máfia Azul organizado pelo Cruzeiro de Sete Lagoas (MG). Ele foi levado ao Hospital Anjo Gabriel, mas morreu após tratamento. A Secretaria de Saúde recebeu 18 vítimas, outras três foram levadas ao Hospital Franco da Rocha. Um dos pacientes foi hospitalizado com um ferimento de bala no abdômen, mas não houve risco de vida.

O caso é entendido como uma “acusação” dos moradores do Palmeiras pela ação dos torcedores do Cruzeiro contra os integrantes da Mancha Alviverde em 2022, também em Fernão Díaz. Na ocasião, Jorge Luis Sampaio Santos havia roubado carteira de sócio, documentos e cartões de crédito dos adversários durante o confronto, além da surra e vazou o vídeo nas redes sociais. A confusão terminou com quatro torcedores feridos por tiros.

Blue Mafia se apresentou na tarde de domingo. “Seja derrotado com honra, mas não se deixe vencer pela covardia. O choro da mãe do seu adversário não traz alegria”, escreveu esta mulher em uniforme militar. Mancha Alviverde nega envolvimento na emboscada e diz ser acusada injustamente. “Com mais de 45 mil membros, nossos torcedores não podem ser responsabilizados pelas ações isoladas de cerca de 50 torcedores que desrespeitam os princípios de respeito e paz que promovemos e defendemos”, diz um trecho do memorando divulgado.

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