Andrés Bracamonte foi atacado próximo ao estádio Digante de Arroyito; Acredita-se que o crime esteja ligado a uma tentativa de traficantes de drogas de se juntarem à Barra Brava.
Líder da bravata Centro Rosário, Andrés ‘Pillin’ Bracamontefoi morto em Santa Fé, Argentina, na noite de sábado, dia 9. A ação aconteceu perto do Estádio Gigante de Arroyoito, sede do clube, para o qual havia perdido recentemente por 1 a 0. São Lourenço para Campeonato da Argentina.
Outro integrante da barra brava, Daniel Atardo, considerado o braço direito de Pillin, também foi morto a tiros. Ambos foram levados ao Hospital Provincial Del Centenario, mas não sobreviveram.
Conforme publicado pelo portal argentino Informação, Ambos estavam em uma caminhonete Chevrolet S10 quando o ataque aconteceu. Testemunhas dizem ter ouvido de sete a dez tiros. No momento do crime, as pessoas ainda saíam do estádio e outras se dirigiam a um tradicional bar próximo. O promotor Alejandro Ferlazzo analisou a cena do crime e já solicitou depoimentos e imagens das câmeras de segurança da unidade de homicídios da polícia local.
A saraivada de balas matou o chefe do Rosário Central, a poucos metros da quadra. Ele era o copiloto do caminhão branco. Ele foi emboscado em Avelenada e Reconquista. Além disso, o motorista morreu. pic.twitter.com/sEgEGXYWP3
—Rodrigo Miro (@RodrigoMiro76) 10 de novembro de 2024
Esta não é a primeira vez que Palin é alvo. Em agosto, ele já foi baleado próximo ao Estádio Rosario Central, após clássico contra o Newell’s Old Boys. Naquele momento, dois rapazes que andavam de moto atiraram contra ele. Uma bala atingiu suas costas e outra feriu seu amante.
O líder da Barra Brava também foi julgado por agressão sexual. O Ministério de Relações Públicas da Argentina exigiu dois anos de prisão para Pilin por agredir sua ex-namorada. Os relatórios de ameaças foram preparados em 2018.
A polícia local está investigando a Barra Brava de Rosário. De acordo com Informaçãouma organização criminosa responsável pela venda de drogas na região noroeste da cidade tenta atrair torcedores organizados. As primeiras suspeitas indicam que o assassinato de Palin será uma forma de assumir o controle da organização de fãs.
A investigação mostra ainda que está relacionado com outro homicídio ocorrido no dia 1 de outubro, quando Samuil Medina, membro da Ordem dos Advogados, foi morto por 16 balas. Ele era genro de Ariel Máximo, considerado o líder da facção Los Monos.
A reação a esse massacre ocorreu na partida entre Rosário Central e Banfield. Após o time abrir o placar, a barra brava soltou fogos de artifício e ergueu uma bandeira em homenagem a Medina. No jogo seguinte em casa, contra o Barracas, um homem supostamente ligado à facção Los Monos foi agredido no setor ocupado por Barracas. O Rosário Central ainda não se pronunciou sobre a morte de seus torcedores. Palin foi uma das lideranças da Barra Brava por 25 anos.
Na cidade de Rosário, a guerra às drogas entre gangues continua. Em março deste ano, esta cidade, onde vivem 1,3 milhão de pessoas, ficou para trás após uma série de assassinatos. A onda de violência foi desencadeada por ataques surpresa às prisões da região.
A cidade é o berço de Messi e Di Maria. O primeiro jogou pelo Newell antes de se transferir para o Barcelona, enquanto o segundo jogou profissionalmente pelo Rosario Central.
Quando surgiu a chance de devolver Di Maria, no início de 2024, a família do jogador enfrentou ameaças. “Eu estava pronto para que tudo voltasse, mas as ameaças ultrapassaram todos os limites. Deixaram uma caixa com uma cabeça de porco e uma bala na testa, e a inscrição de que se eu voltar, a próxima cabeça será da minha filha Pia”, disse o disse o agressor ao jornal. Cervejaa tempo.
Segundo a polícia, essa ação é uma reação de quadrilhas que acreditam que as operações contra elas poderiam aumentar num cenário em que estrelas como Di Maria estivessem na cidade. Messi também recebeu ameaças.