Um único jogo, num local pré-determinado, funciona bem na Europa, onde as condições de viagem são infinitamente mais fáceis do que na América do Sul.
Com todas as suas habilidades, Atlético Mineiro e Botafogo enfrentarão a decisão da Libertadores no dia 30 de novembro, no Estádio Monumental de Núñez, em Buenos Aires. Para consternação da Conmebol, esta será a quarta final em cinco anos a contar apenas com seleções brasileiras. Além disso, o país será o quinto campeão nas últimas cinco edições.
A mania de copiar modelos do exterior dificulta a vida dos torcedores daqui. Um único jogo, em um local pré-determinado, funciona muito bem na Europa, continente onde as condições de viagem são infinitamente mais fáceis do que na América do Sul, e claro, muito mais baratas para o padrão de lá.
Sem levar em conta a dificuldade de lotar um estádio com 80 mil pessoas, a Conmebol pouco se preocupa com o produto e priva os verdadeiros torcedores da oportunidade de ver seu time de perto. Os preços das viagens são exorbitantes e nenhuma autoridade de defesa do consumidor faz nada para impedir o crescimento desenfreado e os abusos.
Versão da Conmeball para sede única torna competição desigual
Não se pode permitir que um torcedor fervoroso do seu time, pessoa que acompanhou toda a campanha, não possa participar da decisão. Mais do que isso: é cruel. Por que não dois jogos como todas as competições? Se isso não bastasse, a única opção para sediar o torneio seria tecnicamente tornar o torneio tranquilo, ou seria de duvidar que o River Plate teria uma grande vantagem se jogasse em casa.
Eu poderia ficar aqui para destruir um monte de razões em um jogo só, mas está chovendo no molhado. O importante é que a síndrome do modelo importado seja melhor e mais bonita porque vem de fora. E os fãs? Que ele se surpreenda e veja que o futebol está cada vez mais distante da realidade e é um produto da elite. Infelizmente…
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