Como o Queen vendeu seu catálogo musical por US$ 1,27 bilhão

As vendas de discos parecem ser a nova norma para bandas de rock clássico. É uma situação em que todos ganham tanto para o comprador quanto para o vendedor e, no sentido musical, uma forma de manter vivas algumas das maiores bandas da cultura pop. Graças aos benefícios desses acordos, artistas e bandas como Bob Dylan, Pink Floyd e Stevie Nicks venderam seus catálogos musicais. Porém, um grupo que se destaca dos demais nesse tipo de compra é o Queens.

Em junho passado, Queen e Sony Music assinaram um acordo sem precedentes. Acordos anteriores dessa natureza giraram normalmente em torno de US$ 100 milhões. Queen e Sony Music ultrapassaram em muito essa marca, já que a gravadora comprou o catálogo da icônica banda por US$ 1,27 bilhão. Pedra rolando. Não está totalmente claro como eles chegaram a esse número, mas a aquisição levou a guerras de licitações e disputas complicadas sobre distribuição e direitos musicais.

Disney, Universal e US$ 900 milhões

Antes da Sony comprar o catálogo do Queen, a Disney e a Universal entendiam a música do grupo britânico. A Disney detém os direitos de gravação das músicas do Queen no Canadá e nos Estados Unidos, que foram adquiridos na década de 2000 por um preço não revelado. O acordo segue uma compra de licença inicial em 1991 por US$ 10 milhões. Assim, a Sony não conseguiu adquirir esta parte do catálogo da Rainha porque esses direitos permanecem com a Disney por tempo indeterminado.

Uma das empresas que a Sony conseguiu ultrapassar foi a Universal. Na verdade, a Universal ainda detém os direitos de distribuição de todas as músicas do Queen. No entanto, a Sony e a Universal conseguiram chegar a um acordo que veria a transferência dos direitos de distribuição quando a propriedade da Universal terminasse em 2026 ou 2027. Diversidade. Os detalhes deste acordo não são conhecidos do público em geral.

Antes de tudo isso acontecer, houve uma guerra de lances que parece já durar meses antes de a Sony comprá-lo. Também de acordo com Diversidadeuma empresa desconhecida ofereceu ao grupo US$ 900 milhões por seu diretório. No entanto, a Sony Music conseguiu chegar ao bolso e arrecadar US$ 370 milhões extras para recomprar o catálogo. Até hoje, esse segundo candidato permanece escondido do público.

Como a Rainha alcançou esse número?

Quando se trata do valor intelectual de algo, dada a natureza subjetiva do produto em questão, é realmente difícil determinar. Segundo relatos, no caso do Queen, um fator crescente levou à compra do catálogo – Filme 2018 Bohemian Rhapsody. Além de arrasar totalmente a temporada de premiações de 2018 e 2019, especialmente com três vencedores do Oscar, o filme arrecadou US$ 910 milhões em todo o mundo. Escusado será dizer que esta estatística deu à Sony uma ideia de quanto realmente valia o seu catálogo.

Finalmente, Queen is Queen, eles são definitivamente uma das cinco bandas de maior sucesso de todos os tempos. Assim, a importância da sua música só aumenta e nunca diminui. Especialmente agora, como a aquisição da Sony, a música certamente será transformada de maneiras que ninguém poderia imaginar e viverá mais do que o tempo de vida pretendido.

Foto de Arquivo Hulton/Getty Images



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