Os clubes que foram responsáveis pelas decisões históricas da década de 1980 e que continuam assombrando o imaginário dos torcedores escreverão mais um capítulo no próximo domingo (11/10). Dentro da Arena MRV, em Belo Horizonte. Atlético-MG e Flamengo jogarão para milhões de torcedores espalhados pelo Brasil e pelo mundo, para que daqui a 40 anos olhem para trás e busquem mais uma glória ou vingança.
Este capítulo final da Copa do Brasil, escrito em chuteiras e meias, escolhe heróis e vilões. Seja mais uma vez com o pré-ordenado Gabigoli ou com Alan Kardech com o propósito de limpar a alma, que dá vida a um personagem já caído, desqualificado e sem esperança.
O Flamengo venceu o primeiro duelo com o placar de 3 a 1 graças à atuação de Gabriel Barbosa. Ele não fez uma boa temporada e marcou apenas cinco gols no ano até então, voltou a disputar a final. Com dois gols marcados no Maracanã diante de mais de 67 mil torcedores, ele deu ao Mais Querido uma vantagem confortável na decisão. A equipe de Filipe Luiz pode perder no saldo de gols e ainda ser pentacampeã da Copa do Brasil.
Para o banqueiro Daniel Márquez, a pressão na casa do Galo será esperada e natural, mas para ele, o recém-nomeado técnico do Flamengo, Filipe Luis, sabe lidar com essa “turbulência mesmo com certa tranquilidade”.
– Ele não joga por resultados, apenas reage ao que o Atlético tem a oferecer. Obviamente que haverá muita pressão nos primeiros quinze minutos, mas tendo em conta que os jogadores estão no seu melhor e obedecendo às instruções do treinador, vamos ultrapassar esta turbulência com calma e dominar o meio-campo. – esses.
Confiança é a palavra que descreve essa resistência. Se por parte do Flamengo o sentimento se deve à qualidade do time, obtida e à troca do comando técnico, por outro lado, o analista de dados Hugo Gomes Gandra é um dos atletas que não se decepcionou com eles. placar do primeiro jogo.
Para ele, a “hostilidade proporcional à dificuldade” dos torcedores é o que os faz acreditar, como ecoou o mantra nas arquibancadas da Arena. Cantada e vivida durante as campanhas da Copa Libertadores da América de 2013 e da Copa do Brasil de 2014, a oração do esportista inspirou o Alvinegro às duas vitórias. Para Hugo, um placar negativo não é sinal de decepção, mas de crença.
– O Atlético, por cultura, tem uma hostilidade proporcional à dificuldade. Quanto pior a situação, mais acreditamos, mais queremos ir ao estádio, gritar e cantar. E o gol de Kardec no final do jogo é quem criou esse sentimento e, em tal contexto, não há lógica que possa superá-lo. Nossa história é feita de grandes reviravoltas, acredito, e mais uma vez estaremos lá, prontos para fazer história novamente. – esses.
Gustavo Curie, representante comercial, vê a mesma confiança atlética ao enfrentar desafios como uma oportunidade para perseverar. Para Gustavo, que foi ao Maracanã no jogo de ida da final, está no DNA do Atlético conseguir a reviravolta impossível, como o empate com o Olímpia na Copa Libertadores da América e as derrotas para Corinthians e Flamengo, na Copa 2014. Brasil.
– Uma sensação muito estranha que tive. A torcida do Galo, principalmente após o gol de Alan Kardek, mostrou um gol de lavar o ânimo. Apesar dos três gols e do time não ter um bom desempenho, dizemos que “enquanto a camisa preta e branca estiver pendurada no varal, o Atlético vai apoiar o vento”. Está no nosso DNA, é uma mudança inevitável na nossa históriaele explicou.
O professor de educação física Rodrigo Coimba, rubro-negro, não esconde o nervosismo e a expectativa do confronto. Apesar do Atlético jogar contra um time da casa forte, ele acredita que o Flamengo levantará mais um troféu da Copa do Brasil em Belo Horizonte.
– O final é muito emocionante e sempre envolve muita emoção e expectativa. Apesar de termos perdido quase metade do elenco, a vitória no jogo de ida mostrou a força do elenco, a capacidade do treinador em montar um time competitivo e, ainda assim, o peso da camisa do Flamengo e o tamanho de sua torcida. . Para o segundo jogo, espero mais dificuldade. A equipe do Atlético é forte e joga em casa, mas independente dos gols que fizemos no Maracanã, temos uma grande vantagem. Portanto, acredito em um jogo com muito comprometimento dos dois times, então sairemos de Belo Horizonte com o troféu e 40 milhões ao redor do mundo vão comemorar. – concluiu.
Com a grande decisão da Copa do Brasil em jogo, Atlético-MG e Flamengo vão, com campo e bola, contabilizar o resultado da competição mata-mata mais importante do país. As equipes se enfrentam na Arena MRV, em Belo Horizonte, às 16h.