Abel cita Ayrton Senna para justificar derrota do Palmeiras em clássico: ‘Nem ele ganha todo ano’

O técnico diz que a derrota é fruto de erros individuais e torna o time ineficaz, fala sobre o trabalho da imprensa e até sugere manchete.

4 de novembro
2024
– às 23h40

(atualizado às 23h40)

No futebol, os erros custam caro. Para o Palmeiras não deverá ser diferente. Um time que falha muito – defensivamente e ofensivamente – lutou por três BrasilUm campeonato que premeia de forma regular e consistente as virtudes da equipa Abel Ferreira. Também não aconteceu no ano passado, mas tal mudança só foi possível graças ao colapso histórico do Botafogo, que tudo leva a crer que não acontecerá nesta temporada.

Para justificar a derrota por 2 a 0 para o Corinthians, Abel Ferreira citou Ayrton Senna, um de seus maiores ídolos. “Nem mesmo o Ayrton Senna conseguia vencer a Fórmula 1 todos os anos. Ele competiu em 10 anos e conquistou três títulos”, disse o treinador, fã da Fórmula 1, tanto que ele esteve no Grande Prêmio de São Paulo no ano passado.

Em respostas diretas, curtas e concisas, o treinador disse diversas vezes que a derrota foi resultado de erros individuais e ineficiência dos jogadores.



Abel Ferreira citou Ayrton Senna para justificar derrota do Palmeiras no clássico

Foto: Alex Silva/Estadão/Estadão

Ele discorda da análise de um jornalista que diz que o time descansou muito e jogou um pouco de futebol. Naquele momento, ele ficou nervoso e quis destacar o trabalho da imprensa ao propor o título do clássico vencido pelo Corinthians. “A manchete de amanhã é: Palmeiras pagou pela falta de eficiência e pelos erros”, sugeriu, “Quem for sério e competente vai escrever isso”.

“O Palmeiras não foi eficiente e o Corinthians aproveitou os nossos erros”, disse. “Esse tipo de jogo, definido pelos detalhes, fica difícil se a faca não entra e depois oferece o gol. Os jogadores não querem falhar, mas esses erros custam caro”, lamentou o treinador.

Segundo ele, se tivesse convertido as chances que criou, o time teria decidido o clássico ainda no primeiro tempo. “Nosso primeiro tempo foi intenso”, disse ele. “Os erros custam caro. Não há como evitá-los.”

Os dois últimos reveses – antes do clássico, o empate com o Fortaleza – dificultaram a vida do Palmeiras, que não perde para o maior rival desde setembro de 2021 na briga pela taça. Tem 61 pontos, três a menos que o líder Botafogo, que ainda enfrenta o Vasco, no Engenhão, na terça-feira, e pode ampliar a vantagem para seis.

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