A defesa apresenta provas que mostram que o homem estava a 400 km do local do crime; o caso vai para a unidade de homicídios
6 de novembro
2024
– 17:49
(atualizado às 18h27)
Um dos suspeitos que tinha um mandado de prisão contra ele porque emboscada dos membros Ponto AlviverdeA principal organização do Palmeiras, a torcida do Cruzeiro, decretou nesta quarta-feira o 6º pedido de liberação da Delegacia de Combate à Intolerância Esportiva (Drade). A razão para isso são as provas prestadas pela defesa de Henrique Moreira Lelis à Polícia Civil. Ele estava a 400 quilômetros da cena do crime.
A Justiça de Mayriporã, município onde ocorreu o caso, no quilômetro 65 da rodovia Fernão Díaz, foi cancelada. Segundo o advogado Arley da Costa, que defende Lelis, o trajeto da casa do homem até o local leva cerca de quatro horas. Para comprovar isso à polícia, foram apresentados o cartão de embarque de Lelis para a viagem entre Goiânia e o Rio, além de recibos de táxi e fotos da operadora do carro em um supermercado carioca, no domingo, 27, dia do crime. final da manhã
Lelis foi incluída como suspeita pela investigação de Dredd.
Os sete suspeitos seguem foragidos pela Polícia Civil por meio de imagens registradas pelos próprios moradores de Palmeiras e pelas câmeras da Guarda Civil de Mayriporã. A polícia cruzou as imagens com informações do banco de dados Drade, que coordenou a investigação do caso.
De acordo com parar apurada, a defesa de outros suspeitos questiona, ainda que informalmente, se a identidade é correta, após a prisão injusta de Lelis. A defesa de alguns deles, incluindo o presidente da Mancha Alviverde, Jorge Luiz Sampaio, só teve acesso a parte da investigação na última segunda-feira.
Paralelamente, a Secretaria de Segurança Pública (SSP-SP) transferiu o caso para a Unidade de Homicídios do Departamento Estadual de Homicídios e Proteção Individual (DHPP), até então a investigação era do Dred. A investigação apura crimes como homicídio, tentativa de homicídio, lesão corporal, incêndio criminoso e dano. A polícia já atendeu ao pedido busca e apreensão na residência Mancha Alviverde e em outros 9 endereços na capital paulista, Taboão da Serra e São José dos Campos.
A emboscada terminou no dia 27 de outubro com a morte de José Victor Miranda, 30 anos. Fez parte do grupo Máfia Azul organizado pelo Cruzeiro de Sete Lagoas (MG). Miranda deu entrada no Hospital Anjo Gabriel, em Mayriporã, em estado muito crítico, mas não sobreviveu. No total, foram registradas 17 lesões. Um torcedor do Cruzeiro está em estado crítico no Hospital Estadual Franco da Rocha.
O caso é entendido como uma “acusação” dos moradores do Palmeiras pela ação dos torcedores do Cruzeiro contra os integrantes da Mancha Alviverde em 2022, também em Fernão Díaz. Na ocasião, Jorge Luis Sampaio Santos havia roubado carteira de sócio, documentos e cartões de crédito dos adversários durante o confronto, além da surra e vazou o vídeo nas redes sociais. A confusão terminou com quatro torcedores feridos por tiros.
Mancha Alviverde negou envolvimento no crime, porém é proibido para entrar nos estádios de São Paulo. A Federação Paulista de Futebol (FPF) acatou a recomendação do Ministério Público de São Paulo (MP-SP), por meio da Equipe Especial de Combate ao Crime Organizado (Geco).