Torcedores do Peñarol relatam indiferença da polícia quando ele retorna ao Uruguai

Frustrada com o estado do ônibus, que está ali há mais de 30 horas, a mulher detalha o incidente em que desmaiou entre outros descuidos.




Foto: Reimpressão – Legenda: Torcedores do Peñarol indignados com indiferença da polícia brasileira durante retorno ao Uruguai / Jogada10

O retorno dos torcedores do Peñarol ao Uruguai foi supostamente tão complicado quanto a estadia no Brasil. Os “Carboneros” que voltam ao país de ônibus denunciam à mídia local uma série de descasos da polícia brasileira com crianças e gestantes. Segundo informações, existe uma ordem judicial que impede que cidadãos uruguaios tenham o carro parado na fronteira – seja para ir ao banheiro ou beber água.

Uma mulher chamada Maria, torcedora do Peñarol, detalhou a situação à Rádio Carve Deportiva. Segundo este torcedor, esse grupo está no ônibus há mais de 30 horas, entre eles estão gestantes e crianças, e há casos de desmaios.

“Estamos no ônibus há mais de 30 horas e há um veredicto do juiz [brasileiro] até chegarmos à fronteira [Brasil/Uruguai] Não aguentamos nem beber água ou ir ao banheiro. Há crianças e mulheres grávidas no ônibus. Houve pessoas que desmaiaram”, disse ele.

O ônibus Carboneros foi alvejado durante o caos na praia do Recreio, na zona oeste do Rio de Janeiro, e por isso circula sem janelas. No vídeo, é possível perceber que os uruguaios usaram peças de roupa e cobertores como proteção em vez de vidros.

‘Dia D’ para torcedores do Peñarol

Jorge Barrera, ex-presidente do Peñarol e ex-membro da Câmara dos Deputados do Uruguai, falou nesta sexta-feira (25) sobre o caso. O advogado disse que está sendo feito um trabalho intensivo na área jurídica em benefício dos uruguaios e hoje, 25 de outubro, será decidido se haverá prisão preventiva ou não.

“Hoje está determinado quais os crimes que podem ser imputados e se há prisão preventiva”, disse à Rádio.

O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro realizará nesta sexta-feira (2) audiência sobre a prisão de 20 uruguaios que participaram dos conflitos na cidade. Os casos são então transferidos para o Juizado Técnico Especial e para os juizados criminais especializados das organizações criminosas.

Segundo o Tribunal, os detidos cometeram atos de violência e violaram as disposições da Carta do Torcedor. Vale destacar que as cenas violentas na Praia do Recreio levaram à prisão de mais de 200 torcedores do Peñarol.

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