Após o Supremo Tribunal de Justiça do Esporte (STJD) rejeitar pedido de cancelamento da partida contra o Fluminense pelo Brasil, o São Paulo emitiu nota oficial questionando o desfecho do processo. Porém, o Tricolor São Paulo ressaltou que obedecerá à decisão soberana do órgão. No entanto, ele pergunta se o argumento fará diferença.
São Paulo também alertou que não buscará recursos para prosseguir com o caso.
“O que o São Paulo espera após esse julgamento é que olhem realmente para o que o clube sempre tentou apontar desde o início. Aliás, qual a sua reação e a provocação do STJD: a crise gravíssima, que atinge a arbitragem nacional e prejudica a imagem do futebol brasileiro.
O Tricolore afirmou que o resultado foi uma “falta de direito” (violação das regras do jogo) do árbitro Paulo Cesar Zanovelli no primeiro gol do Fluminense. Porém, no STJD, a derrota do São Paulo foi unânime: 9 a 0. Por isso, pede revisão do código.
“É hora de revisar a CBJD, atualizar seus dispositivos para a tecnologia de vídeo arbitragem (VAR) e também revisar artigos sobre cancelamentos de partidas e erros de direito”.
Essa medida gerou reclamação de São Paulo
A jogada que motivou a investigação do São Paulo foi uma disputa pela bola entre Calleri e Thiago Silva no meio-campo. Paulo Cesar Zanovelli vê falta sobre o argentino, mas dá vantagem ao Fluminense quando a bola sobe para o zagueiro.
Porém, “O Monstro” percebe que uma falta foi marcada, coloca a mão na bola para sinalizar a violação e a coloca de volta em jogo. Em seguida, Kauá Elias abriu o placar no Maracanã. Portanto, segundo o São Paulo, o árbitro deveria ter cometido falta em Thiago Silva e anulado o primeiro gol do jogo.
Segundo imagens e áudio do VAR, por sua vez, Zanovelli afirma ao vídeoárbitro que levou vantagem. Aí ele vai até o monitor e se contradiz.
“Queria aproveitar, o jogador (Thiago Silva) parou e cobrou a falta. Sinalizo a falta. Vamos continuar. Aproveitei, segui. É um golaço, ok, Igor (Unio) Benevenuto, VAR)?” ele diz antes de se afastar da tela.
Confira as informações oficiais do clube
“O São Paulo Fútbol Club fala publicamente sobre o julgamento ocorrido hoje no Supremo Tribunal de Justiça do Desporto (STJD) do futebol, a respeito da arbitragem da partida contra o Fluminense, ocorrida pela segunda rodada do Campeonato Brasileiro 2024, diz
Quatro questões jurídicas devem ser analisadas: primeiro, se a medida era adequada ou não; em segundo lugar, foi dentro do prazo prescrito; terceiro, se houve um erro de direito; e quarto, quando ocorreu um erro de direito, se isso causa ou não a reviravolta do jogo.
Pois bem, por maioria de votos, o tribunal reconheceu o direito do SPFC em três das quatro questões analisadas, ou seja, a ação adversa foi, sim, cabível, foi ajuizada no prazo prescrito, e de fato, houve uma erro jurídico. No entanto, ao contrário do que teria sido a consequência natural da admissão de um erro de direito, o tribunal não ordenou por unanimidade que o jogo fosse anulado.
Neste ponto, o SPFC toma uma decisão e toma uma decisão. A justiça desportiva é soberana nos termos do artigo 217 da Constituição Federal. Porém, o Clube entende que caso seja reconhecido erro de direito, portanto, o cancelamento da partida era inevitável, como o Código de Justiça Brasileiro (CBJD) assim o define.
Em seu raciocínio, o tribunal dividiu o erro de direito em dois tipos: os que seriam “mais graves” e os que seriam “menos graves”, sendo que apenas o primeiro tipo poderia levar ao cancelamento do jogo. Um erro de direito, de qualquer natureza, é o descumprimento das regras do jogo e é algo que aconteceu no jogo para ser reconhecido pelo tribunal.
O que o SPFC espera após este julgamento é que realmente olhe para o que o clube sempre tentou apontar desde o início. Aliás, o que desencadeou a sua reação e a provocação do STJD: uma crise gravíssima que afeta a arbitragem nacional e ameaça a imagem do futebol brasileiro.
O reconhecimento do erro de direito pelo STJD neste caso é uma contribuição muito importante e um bom ponto para reconsiderar as intenções da maior competição do país.
Depois desse episódio, é hora de rever a CBJD, atualizar seus aparelhos para a tecnologia de vídeo arbitragem (VAR), além de revisar artigos sobre cancelamentos de partidas e irregularidades.”
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