O Atlético MG entra na terça-feira (29/10) contra o River Plate com três gols de vantagem para avançar à final da Libertadores, confirmando a presença do time brasileiro na decisão pelo sexto ano consecutivo. O Botafogo, que tem cinco gols de vantagem na outra semifinal, se classificou contra o Peñarol para juntar duas seleções brasileiras na final pela quarta vez em seis anos.
Para entender o atual domínio do Brasil na Libertadores, o Somos Fanático voltou a comparar as folhas salariais dos representantes do Brasil e da Argentina na competição continental. O resultado da pesquisa impressiona: o salário médio das seleções brasileiras, que era apenas 0,6% maior em 2020, chegou a 52,7% em apenas quatro anos.
Os números são retirados do banco de dados do site especial Capology. Eles se referem aos salários médios anuais das seleções brasileiras e argentinas classificadas à Libertadores entre 2020 e 2024.
O galo atinge o nível do rio em quatro anos
O confronto desta terça-feira em Buenos Aires é um sinal do crescente poder econômico dos clubes brasileiros em comparação com os da Argentina. Em 2020, o Atlético MG, que não disputou a Libertadores, tinha uma folha salarial anual de R$ 17,7 milhões. O River Plate, finalista da competição do ano passado, disputou a Libertadores com um recorde de quase US$ 30,1 milhões. A diferença é de 12,4 milhões de dólares gastos com o ator. Este ano, o Galo é o favorito para eliminar o River, com apenas 2,8 milhões de dólares de diferença em despesas salariais (34,3 milhões de dólares contra 37,2 milhões do argentino).
Nesse período, o River Plate manteve o mesmo nível de investimento em salários, enquanto as seleções brasileiras tiveram um aumento significativo. O Flamengo abriu salário de 16,9 milhões em relação ao clube mais rico da Argentina. Além do Atlético MG, Palmeiras e Botafogo estão próximos do Rivers em termos salariais.
Hegemonia do Brasil nas finais aumenta com os salários
Em 2020, primeiro ano incluído na pesquisa, a diferença nas médias salariais entre os clubes brasileiros e os clubes argentinos era praticamente inexistente – apenas 0,6% para o lado brasileiro. Este foi o primeiro ano em que duas equipes brasileiras (Palmeiras e Santos) chegaram à final da Libertadores seguidas de três finais brasileiras.
Em 2021, a diferença foi de 26,7%. O domínio do Brasil permaneceu no mesmo nível até 2023. No ano seguinte, depois que o Boca Juniors não conseguiu se classificar para a Libertadores, esse número aumentou ainda mais. Este ano, essa diferença foi de 52,7 por cento. Para se ter uma ideia, o Flamengo, brasileiro com maior salário na Libertadores, paga cinco vezes mais que os três times argentinos da competição: Talleres, San Lorenzo e Rosario Central.
Despesas salariais das seleções do Brasil e da Argentina na Libertadores
2020
Brasileiros (Flamengo, Palmeiras, Atlético, São Paulo, Grêmio, Internacional e Santos): US$ 19,4 milhões em média
Argentinos (Boca Juniors, River Plate, Racing e Defensa e Justicia): média de US$ 19,3 milhões
Diferença: 0,6%
2021
Brasileiros (Palmeiras, Internacional, Santos, Fluminense, São Paulo, Flamengo e Atlético MG): 25,7 milhões de euros
Argentina (Defesa e Justiça, Boca Juniors, River Plate, Racing, Argentinos Juniors e Velez Sarsfield): US$ 18,8 milhões
Diferença: 26,7%
2022
Brasileiros (Palmeiras, Atlético, Red Bull Bragantino, América-MG, Corinthians, Fortaleza e Flamengo): US$ 23,5 milhões
Argentina (Estudiantes, Vélez Sarsfield, Boca Juniors, River Plate, Colón e Talleres): US$ 17 milhões
Diferença: 27,7%
2023
Brasileiros (Flamengo, Internacional, Palmeiras, Fluminense, Corinthians, Atlético e Atlético MG): US$ 31,8 milhões
Argentinos (Racing, River Plate, Argentinos Juniors e Boca Juniors): US$ 24 milhões
Diferença: 24,7%
2024
Brasileiros (Fluminense, São Paulo, Grêmio, Botafogo, Flamengo, Palmeiras e Atlético MG): US$ 34,1 milhões
Argentina (Talleres, Estudiantes, San Lorenzo, Rosario Central e River Plate): US$ 16,1 milhões
Diferença: 52,7%
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