Haas e Toyota juntas na F1: O que esse casamento significa?

Após especulações, Haas e Toyota anunciarão uma parceria técnica para a F1, embora os japoneses tenham negado que se trate de um “retorno” oficial.

11 fora
2024
– 10:06

(atualizado às 10h12)




Haas e Toyota: o mais novo parceiro da F1

Haas e Toyota: o mais novo parceiro da F1

Foto de : Toyota Gazoo Racing

Quem disse que a F1 não pode ser incrível? Após discussões em julho sobre um possível acordo entre a Haas e a Toyota, isso foi confirmado na sexta-feira. Em um lançamento em Tóquio que foi o assunto do paddock, o mais novo casal do quarteirão foi confirmado. Logo se falou no possível retorno da Toyota à F1 após 15 anos (ela saiu no final de 2009). Afinal, os japoneses gastaram muito dinheiro e não obtiveram o sucesso esperado. Mesmo com os resultados alcançados no WEC e no WRC, ainda há um gostinho de “negócios inacabados” para a Toyota.

Mas o CEO da montadora, Akio Toyoda, mencionou durante entrevista coletiva que foi o responsável pela saída da Toyota da F1, e tentou negar que isso significasse o retorno da marca à categoria, descartando a possibilidade de portar motores. Haas sob seu controle. Ele ainda deixou um pedido de que não quer ler as manchetes “Toyota volta à F1”.

Mesmo com o discurso de Akio Toyoda, o acordo Haas/Toyota ainda é o retorno do Japão à F1. Afinal, a estrutura utilizada pelos japoneses na Alemanha é fruto do investimento que a Toyota pode levar para a F1. Hoje, a unidade de Colônia atende operações do WEC e WRC e vários clientes do automobilismo.

Como dissemos em artigo aqui em julho, a Toyota deu vários passos em direção à F1: além de apoiar Ritomo Miyata na F2 e colocar Ryo Hirakawa como piloto reserva e de desenvolvimento da McLaren, os japoneses querem novos clientes em uso Substitua McLaren. seu túnel de vento em Colônia (Alemanha).

Por meio de seu braço de competição, a Gazoo Racing, a Toyota pretende ampliar sua base de clientes e fortalecer esse relacionamento com a F1 e o desenvolvimento de seu corpo técnico. Na medida em que o acordo prevê que a Toyota Gazoo forneça algumas peças e ajude no desenvolvimento, inclusive com uso de simuladores e testes com carros antigos.



Ayao Komatsu (Haas), Akio Toyoda (CEO da Toyota) e Tomoya Takahashi (Toyota Gazoo)

Ayao Komatsu (Haas), Akio Toyoda (CEO da Toyota) e Tomoya Takahashi (Toyota Gazoo)

Foto de : Toyota Gazoo Racing

Gerenciar todos os atores deste processo será um excelente exercício para a Haas. Após uma série de dúvidas iniciais, a equipe explicou que a Toyota Gazoo vem para completar a estrutura, e o acordo com a Dallara para a produção dos chassis e com a Ferrari para o fornecimento de motores, transmissão e outras soluções, incluindo o escritório técnico em Maranello, continua.

Quanto à Ferrari, o chefe da equipa Haas, Ayao Komatsu, deixou claro que o negócio é do conhecimento dos italianos e que estão muito felizes com a relação, que se prolonga até ao final de 2028 (com um custo superior a 209 milhões de euros). entre 2025 e 2028). Tanto é que a Ferrari forneceu algumas salvaguardas para evitar problemas, tendo em vista que ambos os concorrentes estão no WEC…

Mais uma vez, a Haas adota uma abordagem inovadora às suas operações. A chegada da Toyota Gazoo ajudará a preencher lacunas na estrutura da equipe e a alcançar conquistas profissionais em um curto espaço de tempo. E a Toyota tem outra forma de olhar para novos rumos no automobilismo, já que o WRC considera novos formatos para 2027 e o WEC promete oferecer hidrogénio para 2029.

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