Dorival, Tite ou Diniz? Compare os números da seleção brasileira com cada treinador

Em 11 jogos desde que assumiu o comando do Brasil, o atual técnico tem 60,7% de aproveitamento e ocupa o quarto lugar na competição.

Contra o Chile Dorival Júnior foi restaurado ao comando Seleção Brasileiraapós uma data da Fifa em que sofreu a primeira derrota desde que ingressou no time, em janeiro deste ano. Com gols de Igor Jesus e Luis Henrique, destaques do Botafogo nesta temporada, o Brasil se recuperou de desvantagem e venceu por 2 a 1 e as Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2026 são a quinta vitória do time desde a chegada de Dorival.

O ex-técnico do São Paulo Dorival recebeu o convite de Ednaldo Rodriguez para assumir o comando do time depois que Carlo Ancelotti recusou uma prorrogação de contrato com o Real Madrid. Nesse período, Dorival disputou 11 partidas no comando da Seleção Brasileira, com cinco vitórias, cinco empates e apenas uma derrota – contra o Paraguai, em setembro.

Além disso, em 11 partidas, sete das seleções brasileiras foram expostas pelo menos uma vez. No Flamengo, clube que comandou em 2022, a defesa foi um dos pontos fortes do time: no título da Libertadores, sofreu apenas dois gols nos playoffs e foi campeão invicto.

“Não é fácil reconstruir. Hoje tivemos quatro jogadores que jogaram a última Copa do Mundo e isso tem muito peso. Não temos a estrutura que foi criada para a Copa anterior. Isso permite um equilíbrio com o futebol . A juventude, além da experiência de alguns, é por isso que devemos ter uma equipe muito forte daqui a dois anos, para depois termos alguns problemas, disse o treinador após a vitória sobre o Chile.

Antes de Dorival, o Brasil era liderado interinamente por Fernando Diniz até 2023. Ao levar o Fluminense ao título inédito da Libertadores, o técnico teve seis jogos de vantagem sobre o Brasil nas Eliminatórias. Depois de um bom início com vitórias sobre Bolívia (5 a 1) e Peru (1 a 0), uma sequência de quatro partidas sem vitórias terminou com a demissão do técnico.

Em comparação, Dorival tem 60,61% de aproveitamento da seleção brasileira, enquanto Diniz saiu após seis jogos com duas vitórias, um empate e três derrotas, com 38,9% de pontos. O ataque do então técnico do Fluminense não foi animador e foram marcados apenas oito gols – cinco deles contra a Bolívia. Além disso, marcou sete gols em seis jogos.



Fernando Diniz comandará o Brasil até 2023.

Foto: Pedro Kyrillos/ Estadão / Estadão

Em comparação, o Brasil de Tite, em 2016, dominou as primeiras 11 partidas nas eliminatórias sul-americanas – o mesmo número da carreira de Dorival Jr. Nesse período, a equipe venceu todas as partidas (nove) e perdeu apenas uma vez, em amistoso contra a Argentina. O indicador da equipe está próximo de 91%, foram ao set 29 vezes no início dos trabalhos.

Com média de 2,9 gols por jogo, o time de Tite conquistou vitórias importantes na estreia, como 3 a 0 contra a Argentina e 4 a 1 contra o Uruguai, em Montevidéu. Nos primeiros 11 jogos, sofreu apenas lesões três gols. O desempenho garantiu a recuperação de um time que até então sofria sob o comando do técnico Dunga – foi eliminado precocemente na Copa América de 2015 e 2016 e lutava para garantir uma vaga na Copa do Mundo.

O trabalho de Dorival ameaçado?

Para que Dorival Junior permaneça na Seleção Brasileira pelo menos até as próximas Eliminatórias, três fatores podem acontecer:

  • Horário de trabalho de Dorival Júnior
  • Falta pouco para o campeonato mundial
  • O novo treinador será o quarto no circuito da Copa do Mundo

Dorival não ficou um ano à frente da Seleção Brasileira. Ele assumiu em janeiro e disputou apenas 9 partidas até agora – Tite, por exemplo, trabalhou dois anos antes da Copa do Mundo de 2018 e manteve o projeto do Catar. Menos de dois anos separam a seleção brasileira da próxima Copa do Mundo, nos EUA, Canadá e México, o que dificulta o trabalho do futuro treinador.

Além disso, caso seja demitido, a seleção brasileira terá seu quarto técnico nesta temporada. Antes de Dorival, Fernando Diniz e Ramon Menezes trabalharam para 2023. A CBF sonhava com Carlo Ancelotti, do Real Madrid, e acreditava ter chegado a um acordo com o treinador, mas a renovação do italiano com o clube espanhol frustrou as expectativas de Ednaldo Rodriguez. Naquela época, a direção da organização tinha certeza de que esse especialista assumiria a seleção da Copa América de 2024.

O Brasil volta a atuar na próxima terça-feira, dia 15, às 21h45 (horário de Brasília), em duelo com o Peru, na Arena BRB Mané Garrincha.

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