São Paulo vê o Botafogo dominar o primeiro tempo, mas encontra equilíbrio no empate sem gols do Rio

Zubeldia erra na linha com três zagueiros e perde o meio-campo para os botafoguenses, que não aproveitaram a briga no primeiro tempo do jogo.

São Paulo e Botafogo para o pacote 0 a 0 para a primeira partida das quartas de final Copa Libertadores. A decisão de avançar às semifinais do MorumBis está marcada para a próxima quarta-feira, dia 25, às 21h30 (horário de Brasília). Embora tenha empatado no segundo tempo, o time paulista saiu de campo aliviado.

O Botafogo fez o que queria no primeiro tempo. Se havia dúvida sobre a formação com três zagueiros, a primeira fase respondeu, já que o time paulista praticamente só bloqueou os ataques do Botafogo – mais do que a própria defesa. As melhores chances criadas pelos cariocas acabaram na trave ou saíram ao lado, sem crédito do time paulista. Mas o gol desapareceu e o São Paulo conseguiu se recuperar.

Bastos, que recebeu o terceiro cartão amarelo, não fará parte do time carioca. Antes, por Brasília, o São Paulo recebe o Internacional, no domingo, às 18h30. O Botafogo tem clássico contra o Fluminense, no momento, mas no sábado, no Maracanã.

O Botafogo esteve no comando desde o início. A principal contratação da janela do Botafogo, Alex Telles, avançou com facilidade pela esquerda, enquanto Vitino avançou pelo outro lado.

Os três zagueiros do São Paulo não ofereceram a resistência esperada ao Botafogo. Com a bola, foi ainda pior para o São Paulo, que sofreu intensa pressão do adversário.

O plano de Zubeldia prejudicou Lucas Moura, que se tornou uma ilha solitária no meio-campo. Antes dele, Calleri foi obrigado a jogar no meio-campo com as costas do gol e foi escalado para um time que não avançava no ataque.

Rafinha e Wellington não estiveram envolvidos na criação do camisa 7 como alas e não conseguiram cobrir o espaço próximo aos zagueiros nas laterais. Não se esperava que William Gomes, principal nome do São Paulo na vitória sobre o Cruzeiro no Brasil, escapasse.

O Botafogo, por outro lado, provou ser tudo o que faltava ao São Paulo. Lindas jogadas individuais foram realizadas com Savarino. Um deles chegou ao gol de Rafael e Luiz Henrique também cabeceou. A equipe de Arthur Jorge organizou coletivamente os cruzamentos que levaram ao campo adversário.

A equipe não teve medo de procurar cruzamentos, mesmo que Igor Jesus não cumprisse a função de centroavante de referência. Assim, suprimiu o São Paulo mesmo com menos oportunidades.

A estratégia não funcionou no início do segundo tempo e Zubeldia finalmente converteu, servindo Rafinha para a entrada de Wellington Rato. A equipe conseguiu maior presença ofensiva, mesmo sem a construção completa. A divisão do time titular ajudou o time a se defender melhor.

O Botafogo desacelerou. Alex Telles, como era de se esperar, teve que sair por não estar fisicamente preparado para jogar os 90 minutos. Luis Henrique também deixou o campo. A confiança do Botafogo parece estar diminuindo, levando o time paulista a atacar. Foi neste ponto que a partida finalmente atingiu um nível equilibrado.

Assim, o São Paulo teve sua melhor chance com Calleri aos 30 minutos do segundo tempo. Michel Araujo cruzou para o camisa 9. A Argentina sofria do mesmo problema que o Botafogo enfrentou na primeira etapa.

O Botafoguens respondeu e mostrou que não desistiu do jogo. No Nilton Santos, a tensão aumentava, com a impressão de que o placar cairia a zero a qualquer momento.

Mas desde então, a defesa venceu. A tensão diminuiu e as equipes foram cobertas. Restava tudo para a revanche.

BOTAFOGO 0 X 0 SÃO PAULO

BOTAFOGO- John; Vitinho (Mateo Ponte), Bastos, Alexandre Barbosa e Alex Telles (Marsal); Gregor e Marlon Freitas (Tchê Tchê); Luis Henrique (Tiquinho Soares), Savarino e Thiago Almada; Igor Jesus (Matheus Martins). Técnico: Artur Jorge.

SÃO PAULO – Rafael; Alan Franco (Ferraresi), Arboleda e Sabino; Rafinha (Wellington Rato), Luis Gustavo, Bobadilla e Wellington; Lucas Moura (Luciano), William Gomez (Michel Araujo) e Calleri (André Silva). Técnico: Luís Zubeldia.

CARTÕES AMARELOS – Luis Henrique e Bastos (Botafogo) e Rafinha e Arboleda (São Paulo).

ÁRBITRO – Esteban Ostojic (URUU).

RENDA – R$ 2.466.890,00.

COMUNIDADE – 40.089 presentes.

LOCAL – Estádio Nilton Santo, no Rio.

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